Entrevista com Eni Novakoski

Eni Helena Novakoski (Novani Novakoski ou Eni Novakoski), nascida em Ponta Grossa no dia 5 de julho de 1958, é uma atriz brasileira. De ascendência alemã e polonesa. Ela acumulou funções de atriz, cantora, modelo.

Ela foi uma das mais belas musas da Boca do Lixo, também assistente de palco de Sílvio Santos. No início dos anos 1980, mudou-se com o marido (atualmente divorciados) para os EUA, onde fez pontas em alguns filmes e morou por 12 anos.

Atualmente, é professora de inglês e tradutora. 

E hoje com vocês, Eni Novakoski.

Boa sessão:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

E.N.: Adoro filmes! Assisto a todos que posso, e não tenho um gênero em especial. Sou bem eclética. Por conta da minha profissão, procuro assistir mais filmes em inglês, assim uno o útil ao agradável.

2) "Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos.", diria Benjamin Button em seu filme. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.

E.N.: Quando mudei para São Paulo, aos poucos fui conseguindo alguns trabalhos como modelo e manequim. Felizmente, tive muita sorte. Conheci pessoas que me ajudaram e me incentivaram a entrar no mundo mágico do cinema. Minha primeira chance aconteceu quando fui indicada por um conhecido na SBT, onde fiz participações em duas novelas e depois fui Tele Moça do Silvio Santos por um tempo.

3) “Éramos musas do sexo em uma época reprimida, moralista e desinformada", disse Nicole Puzzi numa entrevista. Como foi ser uma musa? Isso te impactou de alguma forma?

E.N.: Para uma moça vinda do interior, tornar-se musa, foi um sonho realizado, mas, não pude desfrutar desta fama em minha cidade, pois havia sim, muito preconceito na época, principalmente com atrizes de cinema nacional. Ouvi muitas críticas, até mesmo de familiares, mas o impacto em minha vida foi benéfico, pois com o fato de ser considerada musa, conheci muitos artistas famosos, convivi com pessoas inteligentes e importantes.

4) Sua carreira no cinema se concentrou em apenas dois anos, sendo que 8 dos 11 filmes tem data de 1978. Como lidou com esse ritmo de trabalho tão acelerado?”

E.N.: No início da minha carreira, atuava como modelo e manequim. Posteriormente, fui chamada para fazer meu primeiro filme e com certeza devo ter agradado ao público e à crítica, pois atuar em oito filmes em um mesmo ano não era para qualquer um. Foi bastante cansativo, mas o prazer em ser reconhecida e valorizada pelo meu trabalho me dava forças para conseguir conciliar tudo.

M.V.: Por qual motivo não continuou?

E.N.: Nesta época, conheci meu marido, fui estudar em Denver, Colorado, e acabei optando por viver em Los Angeles, Califórnia, onde também fiz algumas participações em filmes e trabalhos de modelo em Hollywood. 

5) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

E.N.: Considero todos os filmes em que atuei os melhores, não consigo ter mais carinho por um ou por outro. Todos me trouxeram diferentes experiências e conhecimentos.

6) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante? 

E.N.: Aprecio muito a arte cinematográfica, então muitos me marcaram por algum motivo ou outro, mas um que marcou minha vida, talvez por eu ter me identificado um pouco com a história ou personagem, não sei bem, foi "A história sem fim".

7) Ao olhar para sua trajetória, qual aprendizado considera mais valioso e gostaria de compartilhar?

E.N.: Parece clichê, mas realmente quem sonha com o mundo artístico tem que ter muita perseverança, é realmente preciso correr atrás dos seus sonhos e saber que nada é fácil, que tudo depende de sacrifícios e de abrir mão de coisas que talvez um dia nos arrependamos, mas, se é um sonho, que se torne realidade!

M.V.: Fale um pouco dos seus próximos projetos. 

E.N.: Estou com minha escola de inglês na cidade de Ponta Grossa há bastante tempo, mas ainda não tenho o reconhecimento esperado.

Estou me concentrando em fazer um diferencial, tanto como professora quanto como escola. Mas, isso ainda é segredo! Posso adiantar que será para o bem das pessoas que ainda não tiveram a chance de aprender uma nova língua.

M.V.: Obrigado, Eny. Sucesso.




 

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